De coworking até espaço para pet, setor imobiliário aposta em novas tendências
Plantas compactas, com ambientes – sala, cozinha, varanda – e áreas comuns (salão de festas, de jogos e espaço gourmet) integrados; rooftop (terraço com vista); coworking; pet place com grama e areia “especiais”, e até banho, que é para o bicho “gastar energia”; estrutura (eclusa) para recebimento de entregas; infraestrutura de lazer, aí incluindo piscina, academia, quadra, churrasqueira. Ah, e o investimento em automação, itens de sustentabilidade, e de eficiência energética hoje em dia “obrigatórios” na construção.
Essas são as principais tendências do mercado imobiliário, que “corre” para se adaptar às mudanças no estilo de vida e comportamento do consumidor, dizem os especialistas. Por conta do avanço no compartilhamento do uso do automóvel, por exemplo, já tem incorporadora falando em lançar prédio residencial sem garagem – algo impensável até muito pouco tempo atrás – e até com “quarto do pet”.
“A sustentabilidade hoje em dia, sem dúvida alguma, é um ponto fortíssimo, mas a otimização do espaço reflete uma evolução no comportamento da sociedade. Os casais estão cada vez mais adiando ter um filho e, enquanto essa fase não chega, o primeiro desafio deles é cuidar de um pet. Também tem mais gente querendo estudar e trabalhar no prédio onde mora, daí o cowork. E apartamentos de cobertura, hoje em dia menos demandados, têm dado lugar aos rooftops, que é quando você compartilha a vista do terraço com todos”, diz o diretor de gestão sustentável da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi), Rafael Valente.
“Todos os lançamentos, por exemplo, a partir de agora, vêm com a (chamada) outorga verde – dispositivo no qual a prefeitura de Salvador concede benefício fiscal à construção que atenda a requisitos e práticas sustentáveis – ou seja, energia solar, reúso da água. Aliado à otimização dos espaços, e com mais unidades (por torre), isso costuma resultar em um rateio maior por parte dos moradores e, consequentemente, taxa de condomínio 35% menor que o (prédio) comum”, diz Valente, que é vice-presidente do Grupo Civil.
Entre as “novidades” do mercado, o arquiteto Adriano Mascarenhas destaca ainda a automação predial, segundo ele, “com os edifícios inteligentes, seus elevadores eficientes; o controle e o gasto de energia e água automatizados; acionamento de interruptor de luz e eletrodomésticos por meio de dispositivos (à palma da mão)”. “Tudo isso já pode ser plenamente consumido pelo mercado imobiliário”, fala.
Fonte: A Tarde